segunda-feira, 20 de setembro de 2010

29ª Bienal de São Paulo





De 25 setembro a 12 dezembro teremos a  29ª Bienal de São Paulo.

Dessa vez totalmente ligada na ideia de que é impossível separar a arte da política. Essa impossibilidade se expressa no fato de que a arte, por meios que lhes são próprios, é capaz de interromper as coordenadas sensoriais com que entendemos e habitamos o mundo, inserindo nele temas e atitudes que ali não cabiam e tornando-o, assim, diferente e mais largo.



Um dos motivos para a escolha desse norteador do projeto, é por ter sido tão extenso esse movimento de aproximação entre arte e política nas duas últimas décadas, se faz necessário, novamente, destacar a singularidade da primeira em relação à segunda, por vezes confundidas ao ponto da indistinção.
É nesse sentido que o título dado à exposição, “Há sempre um copo de mar para um homem navegar" – verso do poeta Jorge de Lima  –, sintetiza o que se busca com a próxima edição da Bienal de São Paulo: afirmar que a dimensão utópica da arte está contida nela mesma, e não no que está fora ou além dela. É nesse “copo de mar” – ou nesse infinito próximo que os artistas teimam em produzir – que, de fato, está a potência de seguir adiante, a despeito de tudo o mais; a potência de seguir adiante, como diz o poeta, “mesmo sem naus e sem rumos / mesmo sem vagas e areias”.

Moacir dos Anjos, que divide a curadoria com Agnaldo Farias, afirmou que a intenção não é reforçar um entendimento já consolidado e produzido por outras áreas, mas "mostrar como a arte gera conhecimento sobre o mundo".


Acho que a visita é obrigatória a todos!
Fotos: Reprodução

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